Arquivo | março 2017

Etnocídio no cerrado

As conseqüências de retirar a pessoa do seu habitat original sob o pretexto do desenvolvimento para a produção de commoditie no cerrado (escancaradamente na região da  fronteira agrícola, chamada de MATOPIBA, cerrado brasileiro). A expressão MATOPIBA resulta de um acrônimo criado com as iniciais dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Essa expressão designa uma realidade geográfica que recobre o cerrado dos quatro estados mencionados, caracterizada pela expansão de uma fronteira agrícola.

quebradeiras de coco 2

Quebradeiras de cocô – Maranhão

Com a brutal consequência de expulsar os povos tradicionais de seus territórios, há uma ruptura brutal da sua cultura. Isso é ou não é ETNOCÍDIO?

È importante compreender uma das mais cruéis conseqüências do modelo de desenvolvimento adotado para o Brasil: a perda da identidade cultural de grande parte da população, especialmente, neste momento ocorrendo intensamente com os povos tradicionais do cerrado (cerratenses).

Ao migrar dos seus territórios para os aglomerados urbanos, além de todos os problemas que acarretam com a concentração urbana, os grandes contingentes populacionais ainda perdem sua identidade cultural, sua memória. Sem essa identidade cultural, é como se cada pessoa vivesse isolada num mar enorme, cercada de gente igualmente solitária por todos os lados. matopiba-cerrado-750x410Sem identidade cultural, importa muito pouco saber que o patrimônio da coletividade, seja ambiental, seja arquitetônico, histórico, cultural, a própria rua, a praça, está sendo ameaçado ou destruído. À medida que essa gente não se sente dona desses espaços coletivos – que são considerados como  terra  de  ninguém  ou  como  pertencentes  aos  governos  dos  quais  não gostam – também não se mobilizam em sua defesa. Assim, não há nenhuma sensação de perda diante de uma vegetação nativa que deixa de existir ou de um lago ou vereda desconstituída, pois a população, em sua maior parte, por não ter identidade cultural com o lugar em que vive também não se sente parte dele. Esse fenômeno acontece, frequentemente e intensamente, principalmente nas periferias das grandes cidades brasileiras, locais comumente utilizados de migração dos povos tradicionais. Existe uma grande população, mas não um grande povo. Essa alienação tem sido muito conveniente para as classes no poder, que aprenderam ainda a dominar com muita competência os meios de comunicação, principalmente a televisão, para substituir rapidamente os valores culturais tradicionais por outros mais convenientes a seus interesses, ao mesmo tempo em que desestimulam e depreciam os valores nativos.

 

Trecho do livro Cerradania:  Alumeia e óia pros encantamentos dos cerratenses

Veredas que sangram nos Gerais

O buriti que se mira no espelho d’água vai se firmando mais e mais como um traço do passado retido na memória de antigos moradores, em fotografias e na bela imagem literária de Guimarães Rosa.

veredas destruidaSessenta e um anos depois do lançamento de Grande sertão: veredas, obra-prima do escritor, o cenário descrito pelo jagunço Riobaldo, que dá voz à trama, é bem diverso. A simples presença da palmeira já não é mais indício de água na imensidão do cerrado.

As veredas que mataram a sede do narrador da saga, de Diadorim e Zé Bebelo, hoje agonizam e perdem a capacidade de armazenar o líquido no período chuvoso para alimentar córregos e rios ao longo do ano.

O veredito é trágico. Setenta por cento das veredas estão ameaçadas de desaparecer em curto prazo, continuamente maltratadas pelas mãos do homem, revela a pesquisadora do Departamento de Biologia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) Maria das Dores Magalhões Veloso, a Dora, que há oito anos se debruça sobre o tema.

Praticamente todas já sofreram algum tipo de impacto e várias estão completamente secas, resultado de incessante degradação: desmatamento, queimadas, monocultura de eucaliptos, produção de carvão, abertura de estradas, projetos de agropecuária mal planejados, pisoteio do gado e assoreamento. Danos que deixam suas marcas nas dezenas de mananciais secos e no sofrimento de centenas de famílias, animais e aves.

veredas que sangram

veredas que sangram – compartilhado de Sandim Ulhoa

Onde antes havia fartura, hoje falta água. As “macias terras, agradáveis”, na definição de Rosa, endurecem. Nem mesmo o início do período chuvoso, prenúncio de recuperação dos cursos d’água, guarda o mesmo significado nos 60 anos que separam o lançamento do livro e hoje.

Destruídas as veredas – que funcionam como uma espécie de esponja –, falta reservatório para reter a água da chuva e, numa liberação lenta, perenizar os rios, explica o analista ambiental do Instituto Estadual de Florestas (IEF) Jairo Wilson Viana, que monitora os brejos em Bonito de Minas.

“Qualquer processo degradante em veredas – fogo, abertura de estradas, pastoreio, agricultura no cerrado e na própria área do brejo – reduz o armazenamento de água, porque o solo turfoso, esponjoso, torna-se compacto e o líquido é escoado rapidamente, e não na hora certa, para o leito dos rios”, reforça Dora.

baseado na reportagem do  jornal O Estado de Minas

 

Extinção do cerrado

Estudo internacional, coordenado por pesquisadores brasileiros e publicado dia 23 deste mês,  na revista Nature Ecology and Evolution, aponta perda significativa de espécies nativas do Cerrado nos próximos 30 anos se o ritmo atual de desmatamento do bioma continuar. A razão para isso é que há 4.600 espécies de plantas endêmicas no bioma, que não existem em nenhum outro lugar do planeta. Os pesquisadores projetam um quadro de extinções de espécies de grande magnitude se nada for feito.

rebroto do cerrado

foto arquivo cerradania.org

Estimam que até 1.140 espécies podem desaparecer pelo desmatamento acumulado. “Esse é um número oito vezes maior do que todas as espécies registradas como extintas no mundo até hoje”, disse o coordenador da pesquisa, Bernardo Strassburg. Desde o ano de 1.500, quando foram feitos os primeiros registros das espécies de plantas no planeta, 139 foram declaradas oficialmente extintas.

Segundo Strassburg, o Cerrado já perdeu metade da área original. “Se tudo continuar no cenário que a gente chama de tendencial, vai perder um terço do que sobrou nas próximas três décadas”. O Cerrado já perdeu 88 milhões de hectares, o equivalente a 46% da cobertura nativa.

Isso gera problemas ambientais de diversas naturezas. A crise hídrica que a Região Centro-Oeste, onde se situa o Distrito Federal, enfrenta no momento seria agravada pela falta do bioma e também haveria a emissão de gases de efeito estufa de 8,5 bilhões de toneladas de gás carbônico. “Isso tudo seria consequência direta do desmatamento projetado para os próximos 30 anos”, disse Strassburg.

Secretário executivo do Instituto Internacional para a Sustentabilidade e coordenador do Centro de Ciências para a Conservação e Sustentabilidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Strassburg destacou que o Cerrado é um hotspot mundial de biodiversidade (região biogeográfica que é simultaneamente uma reserva de biodiversidade e pode estar ameaçada de destruição).

Segundo a pesquisa, esse cenário pode ser evitado sem comprometer o aumento da produção agrícola programado, que projeta em torno de 15 milhões de hectares de expansão de soja e cana-de-açúcar nos próximos 30 anos no Cerrado.

“Isso tudo pode ocorrer, desde que dentro de áreas já desmatadas, que hoje são usadas como pastagens de baixa produtividade. Você melhora a produtividade de pastagens em outros locais, libera algumas pastagens para soja e cana, faz toda essa expansão. Esses 15 milhões de hectares cabem na metade do Cerrado que já foi desmatada sem necessidade de desmatamento adicional”, ressalta.

De acordo com Strassburg, o Código Florestal Brasileiro estima que os fazendeiros terão que restaurar 6 milhões de hectares, o equivalente a 6 milhões de campos de futebol, caso queiram ficar em conformidade com a lei. O artigo da revista mostra, ainda, que restaurar esse volume de vegetação nativa é bom, mas que, se isso for feito nas áreas otimizadas para proteção das espécies, será possível evitar 83% desse quadro projetado.

“Ou seja, se você expande a agricultura para áreas já desmatadas e restaura o Cerrado nas áreas mais importantes para as espécies, você consegue evitar 83% do quadro projetado”, disse o pesquisador.

O estudo cita um conjunto de oito políticas públicas e privadas existentes, algumas em aplicação no Cerrado e outras na Amazônia, mas sugere que algumas delas, como o caso da Moratória da Soja, por exemplo, deveriam ser estendidas para o Cerrado. Strassburg ressaltou, porém, que esse mix de políticas precisa ser coordenado entre si e financiado de forma apropriada.

Além da Moratória da Soja, implantada na Amazônia, que praticamente eliminou a conversão direta de áreas de floresta para o cultivo da soja na região, as políticas em vigor incluem a expansão da rede de áreas protegidas, uma vez que o Cerrado tem hoje menos de 10% de sua área protegida em unidades de conservação. Para Strassburg, também é importante aumentar o financiamento para conservação, inclusive com verbas oriundas de projetos de combate às mudanças climáticas.

Ele acrescentou que, além disso, políticas nacionais, estaduais e municipais diretamente focadas na preservação de espécies ameaçadas precisam ser fortalecidas. Strassburg citou o Plano de Agricultura de Baixo Carbono, do Ministério da Agricultura, que poderia ser implementado em maior escala, com a preocupação de orientar a expansão da soja e da cana para áreas já desmatadas e melhorar a pecuária em outras áreas.

Para tudo isso funcionar, Strassburg considera essencial um planejamento espacial estratégico para identificar as áreas prioritárias para a conservação e restauração da vegetação nativa e aquelas em que a expansão da agricultura teria menor impacto no meio ambiente, além de serem boas para a atividade agrícola.

O diretor do Departamento de Conservação de Ecossistemas do MMA, Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, é um dos autores do artigo e, segundo Strassburg, espera que o trabalho seja útil para a formulação de políticas públicas ambientais no país e também para mobilizar o apoio necessário para a preservação do Cerrado.

reprotagem do

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-03/estudo-preve-extincao-de-um-terco-de-especies-nativas-do-cerrado-em-30-anos

Dia mundial da agua

E o que  temos o que comemorar…

Do total de água disponível no planeta, 97% estão nos mares e oceanos (água salgada) e apenas 3% são água doce. Dessa pequena porcentagem, pouco mais de 2% estão nas geleiras (em estado sólido) e, portanto, menos de 1% está disponível para consumo. E você sabe onde está localizado esse 1% de água doce disponível para consumo? Está nos rios, lagos e águas subterrâneas. E, como sabemos, grande parte dessas fontes está sendo poluída, contaminada e degradada por más práticas humanas.

Segundo relatório divulgado em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU), mais de dois terços da população mundial sofrerão com a falta de água em 2050 devido ao consumo excessivo de água para a produção de alimentos e para a agricultura, a degradação dos recursos naturais e os impactos climáticos.

Lagoa_esecae

águas de veredas no cerrado

No Cerrado nascem as principais bacias hidrográficas do país que alimentam as bacias do São Francisco, do Tocantins-Araguaia, do Paraná e Paraguai. Para se ter uma ideia da importância das águas do Cerrado, sete em cada dez litros das águas que passam pelas turbinas da usina de Tucuruí (PA) vêm do Cerrado, assim como, metade da água que alimenta Itaipu (PR), e quase 100% do montante de Sobradinho (BA). Isso significa que nove em cada dez brasileiros consomem eletricidade produzida com águas do Cerrado.

O WWF-Brasil tem trabalhado com o Programa Água Brasil, fruto de uma parceria com o Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil e Agência Nacional de Águas, na implementação de modelos de produção e uso eficiente da água em bacias do Cerrado. Iniciado em 2010, contou com uma área piloto na bacia do Pipiripau, no Distrito Federal, responsável pelo abastecimento de 200 mil habitantes. Ações de conscientização, recuperação de rios e proteção de nascentes, além da adoção de boas práticas como a instalação de terraços, com o objetivo de aumentar a infiltração da água das chuvas na região, têm demonstrado uma significativa melhora na qualidade e quantidade desse recurso. Atualmente, o projeto, em sua segunda fase de implementação, atuando nas bacias do Descoberto e de São Bartolomeu, que, juntas, representam mais de 40% do território do Distrito Federal.

CUITELINHO

Cheguei na bera do porto
onde as onda se espaia.
As garça dá meia vorta
e senta na bera da praia.
E o cuitelinho não gosta
que o botão de rosa caia, ai, ai, ai…

beija flor cuitelinho

Cuitelinho (Beija-Flor)


Quando eu vim de minha terra,
despedi da parentaia.
Eu entrei no Mato Grosso,
dei em terras paraguaia.
Lá tinha revolução,
enfrentei fortes bataia.

A tua saudade corta
como aço de navaia.
O coração fica aflito,
bate uma, a outra faia.
Os óio se enche d’água
que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai…

Nota:
Cuitelinho,
Em mato Grosso é designação dada a certa espécie de beija-flor,
é uma modinha do folclore do Centro-oeste do Brasil,
que tornou-se um clássico da genuína música sertaneja.

Para ouvir Cuitelinho,

https://www.letras.mus.br/pena-branca-e-xavantinho/48101/

Misteriosas cidades de pedra no cerrado

A cidade de Paraúna está localizada no sudoeste goiano, onde podem ser encontradas grandes montanhas rochosas que lhe conferem uma característica bastante peculiar. Região de pecuária e de grande potencial turístico. Está distante de Goiânia a cerca de 155 km tem uma população de aproximadamente 11.000 habitantes.

muro da pedra Matchu pitu

Muro de pedra em Machu piccho -Perú

As formações rochosas lembram verdadeiras construções que poderiam pertencer a um passado muito remoto e desconhecido de nossa terra.
O município de Paraúna chamava-se Bota Fumaça, povoado do município de Palmeira de Goiás, em torno de 1900 fazendeiros doaram terras para o povoado que tinha uma capela em homenagem ao Menino Jesus, o local passou a ser chamado de São José do Turvo e elevado a distrito. Em 7 de julho de 1930 recebeu o nome de Paraúna que em tupi que dizer Para(Rio) e Una(Preto).

muro da ilha na Serra da Arnica

Muro de pedras – serra das Arnicas- Goiás- Cerrado – Brasil

Sítio Arqueológico Serra das Galés, um local místico e bastante procurado por sua beleza onde há estranhas formações rochosas com figuras esculpidas pelo vento ao longo de milhares de anos, que impressionam pela semelhança com animais, pessoas e objetos. É uma espécie de cultura megalítica milenar. São formações em arenito caracterizando figuras como a Pedra da Tartaruga, o Cálice de Pedra, a Esfinge, o Índio, o Lorde Francês, a Máquina de Escrever e outros que podem surgir de acordo com a visão do espectador. Segundo os geólogos a formação rochosa é de idade permo-carbonífera, com cerca de 290 milhões de anos e provenientes de erosão que deu formas tão originais às rochas.
A Ponte de Pedra onde tem o rio com o mesmo nome fica na fronteira com o município de Rio Verde. O Rio Ponte de Pedra esculpiu uma ponte natural de pedra que originou o seu nome. É uma obra de arte feita pelo tempo, uma visão única.
Localizado no Parque Estadual de Paraúna, a Serra da Portaria também abriga resquícios de construções de pedra e outros vestígios de antigas civilizações, que podem ter ligações com os povos maias e incas. Ao pé da Serra há um salto que forma uma piscina natural, adequada para banho.
Arnica, nome recebido em virtude da grande quantidade da plantinha “arnica” no local, é mais um espaço que abriga formações rochosas de grande mistério, como um monumento formado por pedras que se elevam como uma fortaleza e uma incrível figura que lembra um felino em posição de esfinge. A Serra da Arnica também é frequentada por atletas para a prática de trilhas de motos.
A Cachoeira do Cervo pode ser vista de longe: abrigando um complexo de saltos e cachoeiras, que formam poços adequados para banho, perfeito para relaxar. Uma das quedas do complexo tem 12 metros de altura. Com nascente na Serra das Divisões, a Cachoeira do Desengano é uma de três quedas d’água do complexo e uma das mais visitadas da cidade.
Indiscutivelmente os sítios arqueológicos de Paraúna merecem uma atenção maior da arqueologia brasileira e mundial, pois esta ruína se assemelha muito com as encontradas em outros sítios arqueológicos, como Ilha de Páscoa, Machu Picchu, no Perú, e no Egito se encontra construções semelhantes.                                                                                                             Um grandeza de beleza imensurável em pleno cerrado goiano. Isso faz parte dos nossos Ermos e Gerais.

reportagem sugestiva do blog

https://bikedocerrado.wordpress.com/

Cerrado do Piaui

Sem ter o reconhecimento como patrimônio nacional e uma lei de uso sustentável, a vegetação nativa do Cerrado piauiense perde cada vez mais espaço.

Esse cenário afeta não só a biodiversidade, como também os povos e comunidades tradicionais que vivem na região. Boa parte de hectares da cobertura vegetal do Cerrado já foi perdida para o agronegócio, em sua maioria para as plantações de soja, cana, eucalipto, algodão e a pecuária extensiva.mapa do agronegocio no cerrado piaui

O Cerrado piauiense compreende mais de 11 milhões de hectares, sendo que 5 milhões são agricultáveis, distribuídos em 28 municípios, dos quais pouco mais de 20 cultivam soja, milho, arroz e algodão. São 70 mil quilômetros quadrados e população de pouco mais de 220 mil habitantes. São cerca de 420 produtores no Piauí, segundo dados do IBGE.

A atividade, que retira toda vegetação natural, pode acarretar sérias implicações no futuro. E ressalta que a atividade de agroecologia pode passar por um processo migratório na produção de grãos e causar sérios impactos nos Cerrados piauienses.

“O Cerrado piauiense possui uma ineficiência de controle do território por parte do Estado no sentido das políticas públicas. Existe um déficit na implantação dos equipamentos sociais para as cidades dos Cerrados e na desigualdade territorial em referência ao que se produz em tecnologia, já que as cidades da região não usufruem das riquezas geradas no campo”, destacou.

Mudanças no bioma e ecossistema 

Segundo a análise do economista Romildo Torres, o bioma Cerrado vem passando por mudanças significativas em todo o território brasileiro e tem levado a uma reorganização paisagística do ecossistema.

O processo de uso e ocupação tem sido intensificado pelo surgimento constante de novos projetos agrícolas que geram grandes impactos e efeitos negativos sobre mananciais de águas superficiais e subterrâneas, solos, biodiversidade e saúde humana na região.

Exportar alimentos agropecuários, gerando emprego no campo e nas cidades. Não esquecendo, entretanto, de utilizar uma exploração racional e sustentável para garantir a qualidade de vida das futuras gerações”, conclui. (W.W.F)

A agroecologia é importante para a economia do Brasil, mas é preciso considerar os aspectos ambientais e sociais da região, além de valorizar o modo de vida e a economia popular dos Cerrados.

O predomínio do interesse econômico sobre a conservação do meio ambiente provoca como consequência imediata a degradação ambiental, por meio da perda da camada de solo agrícola e a redução da população de diversas plantas e de animais. Destaca, Antônio Cardoso Façanha, economista em seu estudo e análise das potencialidades dos Cerrados piauienses.

cerrado da capivara Piaui

foto Capivara da adventure club

O Cerrado no Brasil já perdeu até 2010 quase metade (48,5%) de sua vegetação nativa. E o incentivo para a criação e implementação de Unidades de Conservação faz parte do rol de estratégias do WWF-Brasil para proteção no bioma. De toda extensão do Cerrado- aproximadamente 200 milhões de hectares (2 milhões de km2) -, apenas 8% está protegida por UCs e deste percentual somente 3% estão inseridas na categoria de proteção integral pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC; Lei 9985/00).

Torna-se imprescindível, o Brasil incluir o Cerrado nos compromissos internacionais para combate às mudanças climáticas, já que o bioma ficou de fora do acordo de Paris, estabelecido durante a última Conferência das Nações Unidades sobre Mudanças Climáticas.

 

Falta agua no Distrito Federal

Numa versão úmida e acolhedora do cerrado, uma pequena reflexão para a versão do território que é mater das águas pelo umbigo e a partir do planalto central conectivo com os outros biomas e nascedouro da águas que formam o Araguaia; o Tocantins seguindo pro norte; o ligeiro e vigoroso  Paranaíba  que segue pro sul; bacias com águas superficiais e subterrâneas, assim, cumeeira do continente e berço das águas dá de beber a todas as terras do Brasil.

Lagoa_esecae

Lagoa na Estação Ecológica Águas Emendadas -ESECAE – DF

O Distrito Federal é o núcleo do cerrado e em plena época de chuvas, estamos em pleno racionamento: o que será preciso acontecer para que a sociedade e governo reconheçam que o modelo de ocupação territorial está esgotado.

 

 

Em MT, restos de madeira viram artesanato com símbolos regionais

Artesãos utilizam material reciclado para a fabricação de peças.
Peças são exportadas para diversos países.

artesanato-mt

artesanato MT -foto divulgação

Utilizando como matéria prima restos de madeira que seriam descartados, artesãos de Mato Grosso conseguem transmitir a cultura do estado e transformá-la em fonte de renda através da fabricação de peças de madeiras com símbolos mato-grossenses e das belas paisagens.
As toras de madeira são adquiridas por meio de sobras de mercearia, além de outros materiais ao alcance da criatividade, como arames, ferros de construções, cercas que são utilizadas para a composição do acabamento e transformadas em arte.
As madeiras, após serem serradas e lixadas, transformam-se em bases para a fabricação de chaveiros, brincos, ímãs de geladeira, porta-caneta ou miniaturas de pássaros com paisagens típicas de Mato Grosso.
A artesã Josina Adalva tem em sua loja mais de 300 peças regionais que despertam o interesse de turistas de diversas partes do mundo. ?O marceneiro trabalha com móveis e todo o material que ele vai jogar ou queimar, eu pego com para fazer artesanato. Além de contribuir com o meio-ambiente eu o reutilizo como artesanato?, afirmou a artesã.
O reaproveitamento também traz lucros para a família de Sebastião Correa da Costa, que ao lado da esposa e do filho, utiliza a garagem da casa como oficina de artesanato.
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Madeiras como teca marupá, MDF, sobras de marcenaria, se transformam em araras e tuiuius que decoram galhos de goiabeiras. Para a fabricação das peças, a madeira é passada na serra e depois é lixada em um motor de máquina de lavar roupa. Depois, o trabalho é feito também por Lourdes Colette e pelo filho Gean Cássio Correia da Costa, que realizam o acabamento das peças e a pintura.

Seo Sebastião ensinou a técnica ao filho que também trabalha com madeira há 20 anos. ?É muito gratificante, porque é uma coisa que eu gosto, dá vida e vai enfeitar a casa das pessoas?, afirmou.
Na loja em que os produtos são vendidos, ele e a esposa Janete montam as peças. ?Aqui nada é perdido, tudo é reaproveitado, como arames, ferros de construções, cercas, tocos, cabos de vassouras?, declarou.
Na loja há encomendas para o estado do Rio de Janeiro e algumas peças já foram exportadas para países como França e Espanha.

reportagem do http://www.coisasdematogrosso.com.br/noticias

CONSEG DF Tororó

Conselho Comunitário de Segurança - CONSEG - DF - Tororó

Central do Cerrado – Produtos Ecossociais

Citizenship actions in the Cerrado biome

Rede MAIS Vida no Cerrado

O berço das águas corre perigo

biomas do cerrado

Citizenship actions in the Cerrado biome

WWF - Environmental news on this site

Citizenship actions in the Cerrado biome

ISPN – Instituto Sociedade, População e Natureza

Citizenship actions in the Cerrado biome

Cerratinga

Citizenship actions in the Cerrado biome

Rede Cerrado

Citizenship actions in the Cerrado biome

Citizenship actions in the Cerrado biome

Museu do Cerrado

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Day by Day the Farm Girl Way...

Simple life on a little piece of land.

Cerradania

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Jim Caffrey Images Photo Blog

photography from the ground up